quinta-feira, 28 de março de 2024

Broken glass door

 "As death approaches, I want to make it clear that this was my decision. Sane mind. Of my own volition. I wanted this. Not directly, but know that I did absolutely nothing to stop or delay it. I egged it on, cheered it, hoped for it. Know it was me. I did it. My destined death."

Eu aprendi errado. Eu devia ter aproveitado antes, me jogado, mas minha coragem é tardia, fruto do meu cansaço. O que eu faço é menos baseado na vontade, mais na sobrevivência. Um esforço medido na segurança, e não na possibilidade. Eu nunca colei meus pedaços.


Leash is not tight at all I've already escaped


I finally lost it I could assume where it was Before Yesterday A lifetime ago Now I have no idea where it could be Did I misplace it? Was it stolen? Could I have destroyed it? It wasn't making sounds anyway Just glad you won't be able to see it maybe we could share yours


I'd burn so many bridges for you Unfortunately I'll never have fire again I'll try to get close and you'll freeze away Anyway


I looked up for a moment Could see nothing The blackness threw me off for a bit Then I felt you removing the knife Your laughter made me remember what had happened I sent you off with a smirk You kissed me goodbye and left forever Next time, don't miss the vital parts Please


I was heaven bound An arrow, speed and intent You were thunder loud and inevitable shot me down and maimed me leering at this beautiful sky, ever so distant getting so far, so fast my tears just fall faster than I do


this one is a new feeling, yeah rhythm is fine melody is just a bit off its pulsating just as its supposed to its timbre's good too but how do you make it sound so empty never heard a heart so hollow before


I did a thing I'm scared of the thing it may end me I did because I thought I was dead But what if not what if the dreams are dark premonitions of more suffering yet to come the thing is silent thing is hungry


I wish I could show you All these blinding lights, on a sunless sky Maybe I could share with you from inside my deaf mind Would you like to see What I can't explain Would you like me If I made you understand My one and only Queen of hearts


Tô indo; não sei se volto, se volto não sei se o mesmo, se mudado, tomara que não tão pior do q fui. Viva o fim do mundo


Lost in translation


Its 3am, again 🤡 May your fears rest forever in rage


I dreamt of absurd alien spaces Infinite shores with no water Giant grey metal masses Impossible interactions An evil beautiful smile A naked back Woke up and cursed a thousand moons


If you knew how much that hurt would you prefer I lied? Even though we'd both die false as faith I'm lying to survive, won't wish this carnage upon you why do you bring it to me anyway? your hug is just needles bone deep on this hollow smile, again night take you, I won't


I was assigned to mourn someone that no one will miss. My sadness knows no bounds and my tears overflow this grievous well. I hope you get peace.


Bothered. Coarse. Sad. In the slow lane. Unfocused. Unprosperous.


Não tem jeito, por mais que você tente ou queira, algumas pessoas simplesmente estão ocas por dentro. Alma, coração, humanidade, nada. Vazio total. Eu nem tento entender, o abismo é um sedutor inigualável. Considero sorte demais ter um fiozinho me segurando.




segunda-feira, 25 de março de 2024

The Medley

 Olha bem, mulher


I am a pool of comeuppance. A whirlwind of poor choices and misunderstanding, I wake up several times a day, to new discoveries and circumstances, all of which are bad. 


Eu voltei a ouvir a música! De algum jeito quebrado, talvez através de um copo de vidro, colado a lateral da minha cabeça. Os sons são opacos e se misturam com muita facilidade. Mas a música está lá! E com a sua ajuda, eu consigo discernir novamente: Ritmo, timbre e melodia. 


 El ritmo es que caminas por la calle, tu silueta bañada por la luna, brillando casi sin luz, el tiempo se ralentiza, solo para apreciarte.


The timbre is, again, my heart fluttering, unbelieving and undeserving, slow and faulty reflexes, not knowing what this noise is, for the longest of eons braving this silence. This thumping is scary, new, and terrifying.  


A melodia é o seu perfume. O brilho dos teus olhos. Seu sorriso leve. Seu tapa no meu braço. Todo seu desconforto com minhas investidas. A dúvida por trás das palavras não ditas.


I am complete, in my understanding of how utterly hollow I am. These may all be reflected light, singing fae, will-o-whisps. I am unable to grow, to perceive, to call out. I am drunk on this feeling, again. I feel alive, after all this pain, I am ready for it again. I know my face will be bloody and my heart will crumble again for what it does not have. I am here for it, it seems.

I can't even.

Olha bem, mulher

sexta-feira, 22 de março de 2024

O alquimista

 Tô me sentindo assim, transformando palha em ouro.


Não de uma forma que seja lucrativa, boa, ou até mesmo útil. Mais da forma superlativa, apenas referenciando algo que se transforma, transmuta em uma coisa fundamentalmente diferente através de um catalisador. É isso que me senti fazendo, já a algum tempo, com o que eu tenho identificado. Não basta a recorrência das minhas péssimas interpretações, eu tenho que ter esperança, torcer e acreditar, ousar ter fé, pra depois tudo vir abaixo. 

Eu construo castelos de areia e baralho, os dou nome e propósito, confio cargos, os convenço que nunca serão pisados ou derrubados, mas antes de sequer terminar meu discurso de inaguração, os pés já vem em velocidade terminal para destruir o que não tem nem base firme ainda.

Que habilidade é essa, absolutamente aterrorizante de me iludir? E por isso a alquimia. Eu consigo tranformar migalhas, resquícios de educação e sorrisos amarelos em sentimentos impossíveis, uma nação fortemente armada de imaturidade e ineptitude. 

Inepto em sobreviver, em interpretar sinais, em ser um adulto brevemente funcional. O desespero permeia o desconforto, a confiança dá asas a imaginação e deixa livre o coração pra se jogar as traças, como todas as outras, poucas, mas todas as vezes. É meu maldito ego? É saudável eu continuar acreditando nesses contos de fadas? O próprio doutor estranho das infinitas possibilidades, despreparado para lidar com as negativas. Não evolui, estagnado, e um absoluto nojo de esperançoso. 

Eu ando em meio a multidão, sem local próprio. Sorrindo e acenando, ousando ter esperanças. Até quando? A pior parte é ficar tão feliz acreditando no seu sorriso. Eu não queria que tivesse acabado.

A noite se fez pó em segundos.

Do dia só me restaram as lágrimas.

Me pergunto, novamente.

Eterno, enquanto dure.

Enquanto.

terça-feira, 12 de março de 2024

Oh, but this isn't even the best part

 You know what? 

The first time I saw you, I thought, wow, fucking pretty. I had the stank of the other me inside my mind at the time, so I rapidly and dejectedly threw you to the back of my brain, and nailed you there.

Time passed, I was clean. I was lost, and hurting, still am, but my mind had been wondering the dangerous places, dead places, unruly and loud places. A few deaths later, there you were. clean as me. Talking to me. You approached me, and we talked about the moon. I was so thirsty, so fucking alone, I drank you in one fell swoop. I took you dry, absorbed all your poison inside my rotting stomach. 

You were lying. You were near me, to betray. To hurt. Unknowingly hurt, but hurt nonetheless. You deceived me so thoroughly, so absolutely completely, I had no choice but to deliver all of me. You could care less for me. You spat on me. What hurt more was, that was all of me. That few of a man, that speck of self respect and little heart, that stain on your shirt, was all, full me. All I had. 

As I am here, with a dagger inside my brain, licking all of your pussy clean, pushing strongly into your depths, roughing your crevasses, what I am the most sad about is, that they know. Everybody knows how ridicule and how bare my heart is. 

My bet was on a lie. My love was on a fabricated falsehood. I did it with my own brain and hands. I was unable to throw it away. As I am inside you now, the hurting is unbearable. I wish I could kill you inside me. I wish I could take all of you out, and never remember your smile. I wish that when I dreamed of your back, moved slowly to your ass, and buried my tongue inside you, it didn't taste so sweet. I wish all you brought to me was death and pain and disdain.

Is the indifference that hurts more, you know? Everybody knows. I have to pretend that I don't know those are all pity eyes, those are all sad and conforming smiles, those are all screaming at me, poor thing. Such, such a poor thing. The noise inside my head is a constant scream that pierces and leaves me naked crying on the floor. I can't move. I can only dream. I can only cry and suck all of you. 

I wish I could wake up from this rollercoaster of a hell feeling ride. 

Not a good day. 

segunda-feira, 11 de março de 2024

Dispel Illusion

 Eu tinha até que continuar lendo esta joça, não lembro nem o que me causou a estranheza e a vontade de não terminar... enfim.


O que a foda é essa felicidade ilusória? Por quanto tempo mais, andando embaixo dessa porra desse céu marcado, eu ainda vou me deixar enganar por todos esses fogos fátuos? Será se eu realmente caí em alguma armadilha fey bizarra e já tô destruído demais pra perceber? Como que eu consigo ficar tão satisfeito com tamanhas ridículas migalhas que eu ando recebendo? No fundo da mente eu consigo escutar algum ego se batendo contra as paredes, implorando senso, mas quando eu tento focar, ou paro pra pensar, volta essa sensação fantástica de catarse, de insensibilidade... 


A real é que tem alguns anos que eu já não sei o que está acontecendo, e tenho me empenhado em deixar a correnteza levar, tentando navegar aqui e ali pros menos piores bônus, e eu acho que essa falsidade de destino, essa falsa sensação de controle, ela... ela venceu. Eu não me perdi, não me confundi, eu simplesmente acreditei. Acreditei na lembrança, caí no golpe, fui enganado, um patife. E hoje, nesse sorrisinho que me persegue, eu pude ouvir, bem distante, o som da ficha caíndo. Em algum lugar dessa oquidão toda, as hollow as they come, o tambor de plástico continua lá, fazendo o mínimo. 


Eu me peguei pensando até quando eu vou deixar a correnteza me levar. Devo ver isso como um sinal de esperança? Uma mísera e escondida vontade de tomar controle denovo? Escondida e enterrada embaixo dessa casca monstruosa, em algum lugar. Pensar no pânico dos egos perdidos me dá um pouco de tristeza. Mas é aquela tristeza em terceira pessoa, do famoso campo pop, eu vejo sua tristeza, até compadeço e sofro, mas infelizmente, eu, não tenho nada que eu possa fazer por você. Te desejo muita sorte e paz nos dias que virão, e ainda te dou um tapinha nas costas.


Meus sonhos andam malucos. Fazia um tempo bom que eu não lembrava dos sonhos, mas tive um tão vívido e gostoso esses dias que mesmo após uma semana eu acho que ainda lembro as partes gostosas. Talvez essa tenha sido a porta que emperrou e travou as sensações cotidianas. O fluxo foi quebrado, porque parece que depois de muito, muito tempo, eu realmente senti algo bom. Uma sensação real de felicidade, mesmo que no sonho. 


Eu digito esse texto com o coração mais leve do que eu imaginaria. A vontade de escrever, que antes era nula, está sempre presente, mas agora acompanha um medo, um diferencial bizarro de interpretação pra essas loucuras. O que eu sempre quis, escrevendo aqui? Era pra me ajudar a entender meus sentimentos, era pra dar vazão pra esse mar intempere aqui dentro, era uma desculpa pra achar que eu sou mais do que esse jarro vazio? Eu era um vaso, e você era o Link. Behind the shell lies something wounded. 


Que algum dia eu tenha MP o suficiente pra tentar esse dispel. Essa esperança, por hoje, me basta. Volta o sorrisinho. 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Aniversário

 Depois de crescido eu esqueci como se comemora aniversários. Não tenho ânimo pra chamar as pessoas, bater um papo, jogar conversa fora. Isso já é difícil normalmente, mas no aniversário é bem pior. Mas é uma das coisas que eu não sei onde eu me perdi também. Já tive a época que não falava pra ninguém meu aniversário e ficava esperando as pessoas lembrarem e me darem parabéns, pra me sentir importante. Demorou muito muito tempo e muitos aniversários sofrendo sozinho pra perceber que a vida das pessoas é muito mais do q ficar lembrando aniversário de amigo desnaturado. Então, depois de um tempo, eu mesmo passei a alertar todo mundo, pedir parabéns, pedir presente, pedir atenção e abraço. Minha vida de um aniversário pro outro, mudou. Era o pouquinho de carinho que eu precisava ali, pra dar um balde de cimento na carência, conseguir esquecer um pouquinho das coisas e só ficar feliz, pelas pessoas estarem felizes, por um dia ali. 

Hoje, no entanto, minha memória resolveu me levar pra o inferno astral que foram meus aniversários em solidão. É incrível como meu cérebro tem me levado cada vez mais pra esses lugares, reviver essas coisas que eu precisava esquecer, mas lá estou eu, buscando atentamente as respostas das perguntas que eu não fiz, pra tentar sair daqueles lugares e não voltar. Minha bagagem é imensa. Ela me pesa os lados, o peito, me aperta todo. A dor e a tristeza que vem juntos são desconfortáveis demais. Mas eu chafurdo, me belisco, observo a memória, bebo absolutamente todo esse vinho amargo, pra que não tenha mais safra pros próximos anos.

Meu aniversário já foi um inferno astral fortíssimo. Um castelo que eu construí na base da ignorância e do egoísmo. É a vontade de interagir e de ser amado, batendo de frente com a loucura da insensatez, de não entender o outro, sequer tentar se colocar na posição do outro ponto de vista. Hoje eu sei que eu sou bem mais empático do q eu já fui, até demais, mas antigamente era difícil reconhecer humanidade. Ver as situações de fora, se tirar da equação, aprender que nem tudo, por menor ou maior que seja, é sobre a gente e sobre as nossas escolhas. Se tirar das situações pra mim, foi uma das maiores provas de amor próprio que eu me dei, se dar ao trabalho de entender que o mundo não é nosso umbigo. 

Mas nesse buraco, eu só via eu, e só via minha dor, e só via como o mundo era cinza demais pra eu ter um bom fevereiro. Eu já te perdoei por muita coisa, mas não acho que me perdoei por toda a dor colateral que te causei.

A parte chata é saber que eu preciso me perdoar pra esquecer, mas ainda acordar com a taça cheia de memórias amargas. Eu consigo? Talvez. Eu quero? Demais. Eu vou? ...

...

...

Feliz aniversário, Marcelo.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Sensação estranha

 Quando eu fechei o portão e me preparei pra dar o segundo ou terceiro passo, eu parei. Muito rapidamente meu cérebro me disse que eu havia esquecido algo. Eu fechei minha mão direita e senti falta do atrito. Um milésimo de segundo de culpa depois, o alívio veio. Eu não precisava me preocupar mais com isso, e já faz um bom tempo que vivo assim.

As vezes eu me surpreendo com a capacidade do meu cérebro de lembrar coisas e sentir falta de pequenos detalhes que eu já forcei que fossem apagados. É incrível como a sensação vem crua, fortíssima, pra no mesmo instante ir embora.

Eu me peguei sorrindo, pensando nos bons momentos, mas passou rápido. O veneno da nostalgia é doce, mas eu sei bem o que acontece quando ele preenche as fissuras da minha alma. Temos todos textos explicando como a areia foi embora e agora eu estou cheio de muita coisa mas nada demais. 

Eu fechei a mão e me forcei mais uma vez a lembrar, de que eu não tenho nada lá. 

Eu não preciso sentir isso.

E eu me pergunto se você vai demorar a aparecer.