Ele voava por várias horas, sem se cansar, simplesmente para poder sentir o vento em suas asas, ver a paisagem de um lugar mais alto, e sentir-se vivo.
Um dia, ele conheceu uma passarinha.
Só de vêLa, ele sentia como se o céu não bastasse. Só de ouvi-La, ele queria mais. E com Ela perto dele, nada bastava, a não ser o infinito. Então, ele passou a voar por Ela, e esqueceu de todos os seus passatempos. Enquanto estava no ar, tinha a mente cheia de pensamentos sobre Ela, Ela povoava sua mente como se fosse dona dela. E ele voava.
Simplesmente, voava.
Mas eles nunca voaram juntos. Ela não gostava de voar. O pássaro insistia, tentava lembrar das sensações que o habitavam, mas nada vinha em sua mente, a não ser, Ela.
E ele assim, não conseguiu contar como eram as maravilhas daquele céu, daquela terra, daquele vento.
E então, Ela se foi.
O passarinho não tinha com ele o necessário para fazê-La voar. Ela se foi com o seu coração.
Então ele voltou a voar. Mas agora, ele voava por nada. Voava por saber voar. Voava, para esquecer.
Após muito tempo, depois de vários sóis e luas, Ela retornou. E a primeira coisa que Ela viu, foi o pássaro voando. E sentiu, pela primeira vez, algo que nenhum outro pássaro foi capaz de lhe mostrar.
A liberdade. Ele voava majestosamente. Cortava os céus como se fosse o último dia de sua vida. Dançava com o vento.
Mas ao vê-la, ele sequer esboçou uma emoção.
Ela perguntou-lhe:
"O que fizestes com meu amor?"
E este, cujo coração não possuía mais, disse com um semblante triste:
"Ignoraste o que sentia por ti. Roubaste o que me era de mais sagrado. Cego de amor, não consigo mais ver as minhas emoções... O vento me acolheu novamente, mas na minha ganância de voar, eu esqueci. Eu esqueci o que era sentir."
Ao final destas palavras, ele voou.
Mais alto do que qualquer pássaro já voou antes. E ela o viu partir, sem poder dizer uma só palavra.
Ela chorou, e finalmente percebeu, que quando se deseja algo, tem que primeiro, saber reconhecer quando já o tem.
O futuro nos reserva apenas o que desejamos no presente. O silêncio corrompe minh'alma e não me permite fazer escolhas. Eu escolhi você...
Mas e você?
Escolhi esse post pra abrir o blog pq esse foi um dos textos q eu mais gostei de escrever, e o que eu mais tive feedback... xD Enfim, no próximos, mais textos e poemas \o/
E esse acompanha uma música:
Gostei do texto, mas espero que nao seja uma reflexao de vc mesmo, pq é bem triste...
ResponderExcluirAbraco!
kralho...
ResponderExcluirquase q tu faz seu irmaozinho aki chorar T-T
pqp vey muito foda XP