O que eu escuto são meus pés na poeira
as pedras quebrando e se mexendo sob minha sola, numa constância
eu reverbero música
cantando baixinho, cantarolando
as lágrimas já secas no rosto, mas nunca foram de tristeza
o sorriso está estampado, os olhos distantes, pensando em como eu vou chegar lá
um passo a frente do outro, as vezes devagar
eu te deixei pra trás, junto comigo
sigo novo, com a roupa velha, mas também penso em trocar
nada é mais, tarde demais
tudo dá-se um jeito, talvez torto, mas com certeza
eu não paro mais
a melodia que fica, são teus olhos
que me veem seguindo em frente
eu tenho um sorriso e meu coringa foi descartado
o que deixei de sentir, agora está guardado
pronto pra usar novamente. Talvez.
Sempre talvez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário