sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Pretty sure

 I'm pretty sure, that I have never wanted anything in my life, as I want you

I am far, far past the delusion stage

Crazy about you does not even begin to measure

I would pick up my shield again, for you

I would walk through fire, walk to the moon, fly without wanting

I would do everything in my power

I would not suffer for you though. Nor sacrifice myself. If we both can't stand on an even ground, if I can not worship you from eye level, I'd run away

I'm convincing myself that you are a glass humming bird

You will break from my breath

Flee from sight

But I have no idea where I am taking this hope from. It is here, and it is sweet as justice, light as dawn, fresh as spring

I was all broken pieces and sharp glass, you glued me with a glare

What kind of magic is this, that I know it is not for me, but I will die, I will die if I don't taste it from your lips

But even if the world ends

even if the stars have not designed us yet

I don't think it would kill me, really

I am so, so happy I met you

and I am so grateful to you, for breathing life again in this body

that I absolutely thought gone,

thought that maybe had overstepped a journey too much

here I am, silly and giddy and mended

I dare say not this is love, there is so few of you for that

But I am so drunk on this feeling

I can't stop staring at your smile

I have not been sleeping, my body burns from this fever

it has your name, you know

I will wait ages

for you

I want to live again

I want to

love again

I can't believe I said it

these tears seal it

please

please

please

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Set in stone

 Muito educada, muito pontual. Numa tranquilidade invejavel, um afago nas mãos, e uma negativa.


Agora seguimos em frente.


Quando eu paro pra fazer uma análise da minha dificuldade em seguir em frente com as minhas emoções, esta é a maior delas: Quando eu tenho algum sentimento, ele foi cultivado, regado, crescido, é viscoso, espesso, gruda, não sai com água, e demora, demora, demora pra dissolver. O ciclo tem sido esse. O sentimento some, o deserto volta, desespero, tristeza, desesperança, e então a semente vem, no absoluto meio do meu deserto de sentimentos, e lá nasce uma árvore de mana, a maior de todas as árvores, com raízes tão profundas quanto eras neste planeta. E de tudo que essa árvore me proporciona, seus infinitos benfeitos para minha alma, ela é dependente e paralela a reciprocidade. 

Quando não existe esta recíprocidade, lá vamos nós, com um garfo, derrubar uma árvore de milênia. Eu sou exagerado demais, mas eu não me engano. Essa insônia, esse desconforto, são amigos próximos, que vão me rondar durante esse tempo necessário pra destruir o que criei de belo nesse deserto.

Me surpreende quando outras pessoas me dizem a simplicidade que é fazer isso, a simplicidade que é seguir em frente, a facilidade com que esquecem. Eu passo por maratonas, escalo montanhas, canto óperas, choro rios, e a árvore persiste. A dor persiste. Eu sei que um dia ela vai cair, como todas as outras, e servirá de adubo pra próxima, talvez, mas agora, cada vez mais, eu tenho ciência que meu tempo para cultivar essas árvores está acabando. Não tenho muitas mais no meu âmago. Se é que eu até terei outra. Todas as vezes que derrubo eu acho que nunca mais, mas isso também já me provei que não dá certo. Mas o desespero do tempo, o bater das horas agora está mais amargo, mais iminente. 

Eu escrevo esse aqui, ainda debaixo da sombra desta; um momumento gigante, e que me surpreende todos os dias com o seu tamanho. Mas é cruel demais, tudo isso, todo esse esplendor, pra nada. 

Pra nada é mais um exagero, a auto-piedade fortíssima que me aflige, mas poxa vida. É bem triste. Mas seguimos, Não morri tanto dessa vez. Não caí. Tô apto. Só sinto que não tenho mais tempo.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Overflow

 Tô transbordando para uma carambola

não sei o que fazer comigo, com meu corpo, com minha cabeça

o coração voltou; de onde, não sei; como, não faço idéia; mas tá aqui me incomodando como se nunca tivesse ido comprar cigarro

eu tô vibrando

denovo

e eu não aguento mais escrever esse denovo 

Tudo que eu já sofri, ja chorei pra escrever, já pedi pra nunca mais, já IMPLOREI pra nunca mais,

tá aqui: vivo, latente, energético, FELIZ

eu não consigo resumir minha existência a menos que DESESPERO

eu quero sair gritando loucamente, quero me afogar na sua nuca, sufocar no seu cheiro, me abarrotar da sua presença, existência, luz

e não posso

não posso fazer nada, não consigo fazer nada

até o fim do mundo, certas coisas nunca mudam

o ciclo dos sentimentos é o mesmo, as dores são as mesmas, a gritaria e o barulho são ensurdecedores e me deixam completamente maluco

mas toda a força, toda a energia que eu tenho e tento gastar pra mudar isso, de um jeito ou de outro

falha

tudo falha

nada funciona

eu nunca vou acreditar em mim

eu só queria que uma vez funcionasse, e eu não precisasse ficar colhendo meus pedaços

a razão, com uma vassoura e uma pá

já gargalha

com bastante antecedência dessa vez 

eu preciso tirar isso do meu peito e a unica forma que consigo é isso aqui, essas palavras cheias de mim, minha alma impressa nesses pixels a deus dará

ninguém se importa

mas eu queria

eu precisava

eu não sei existir, não sei viver, não quero aprender

só quero sofrer

e parar de sorrir