Um tambor dentro do peito, que ecoa pelos braços podres e as pernas doloridas.
A emoção que vem é mista, embolada, disforme.
Eu deveria saber o que é, mas não traduz, o corpo não associa, desentende
transborda e grita e anseia e some
e desce e acorrenta e fere e volta
Como expulsar um impulso elétrico? Como parar uma reação química?
A fraqueza da carne, a simplicidade do físico, a água salgada que umedece os meus cílios
É desesperador, é fútil, preenche de tristeza e pavor
As horas se vão com as batidas surdas, e a cada uma o tempo desacelera, a insensatez toma conta e agrega ao desentender
O sono se torna um vagante desconhecido, à tempos ausente do pavimento das minhas fundações
Vidrado no teto, de olho na hora, alterando sonhos, falhando em existir
Em frente, mas torto e manco, ansioso e despreparado
quase, quase parando
persiste
ainda
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