sexta-feira, 20 de novembro de 2020

E aí?

 Eu acho que eu escrevia mais, quando eu sofria mais. Dor de cotovelo, falta de carinho, dores do coração... minha inspiração se foi quando o amor entrou fundo no meu peito. Eu fiquei sem motivo pra reclamar, e sem motivo pra escrever. Já ouvi dizer que a fonte do blues era a dor, e eu acho que passei por isso. Jovem, eu adorava me dar pena. Eu não sei, acho que era minha forma de validação. A sofrência sempre foi algo forte na minha vida, de escolha de músicas, áudiovisual, o que seja. Freud explica. 


Eu sempre tenho tanta coisa na minha cabeça, tanta coisa sempre pronta pra escrever, mas eu nunca dou essa liberdade pras palavras. Elas gostam de ficar nadando na piscina do meu cérebro, até afogarem e eu perdê-las pra sempre. Uma ou outra fica boiando, mas incompleta. Eu queria muito conseguir escrever pra viver. Eu gosto muito, mas pelo visto não o suficiente auehaueuae


Eu me perco pelos meus posts aqui, apesar de gostar deles, as vezes eu me perco no personagem. A gente não deve ficar se comparando com quem era a 10 anos, mas meu deus. Nem foi tanta vida que passou, tanta coisa que mudou, mas a mudança é um acidente automobilistico. De onde vinham essas idéias, essas dores, essas vontades! Eu me pego abismado. Morrendo de saudades, mas chocadíssimo.

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