sábado, 7 de novembro de 2009

Eram todas as vezes...

Era uma certa das várias vezes...

Longe, muito longe daqui, em uma terra aonde os sonhos ainda eram levados a sério, existia um Cavaleiro.

Honrado, humilde, bravo, forte e destemido. Este Cavaleiro fazia sua vida seu escudo, defendia o que achava certo. Sua vida era tão preciosa quanto a que protegia.

Este Cavaleiro possuía um tesouro inestimável. Guardava junto de si para protegê-lo.
Por onde passava, lendas sondavam seu precioso tesouro, e em cada lugar que passava, as pessoas fantasiavam e sonhavam em possuí-lo.

Mas o Cavaleiro era muito respeitado, pois este protegia quem mais precisava. Um Cavaleiro apaixonado, lutava pelo amor e liberdade. De fato, incrível.

Mas seu segredo era mais incrível que seu escudo. Ele tinha essa aparência mitificada, mas por trás da máscara, ele tinha medo. Medo de não conseguir. Medo de estar mentindo. Medo de machucar. Seu âmago era proteger, mas ele mesmo não conseguia protegê-lo.

Certo dia, quando este Cavaleiro ajudava uma vila próxima ao mar, soube por alguns camponeses que uma princesa de um feudo próximo havia sido sequestrada em troca de seu tesouro. Eles estavam usando a boa fé e o coração do cavaleiro contra ele.

Seguindo seu código de honra, fora de imediato ao resgate da princesa. Essa sempre fora sua natureza.

Aonde devia estar um castelo, havia uma pequena cabana. Sua dúvida não lhe abalou. Brandava seu escudo e a espada suavemente. Passo a passo, se aproximou. O vento o desafiava em cada sopro. O Sol havia se retirado para as nuvens, com medo de presenciar o pior. Os animais e insetos não faziam mais barulho. Um bater de asas alertou o cavaleiro; uma coruja, sob a cabana, chamou sua atenção com seus grandes olhos amarelos. Ele sabia o que eles significavam, já havia sonhado com eles antes.

Lentamente, se aproximou da cabana, com a cautela de sua vida. Ouviu então, gemidos fracos e sofridos, do que parecia ser uma humana.

Se apressou e abriu a porta da cabana.

Dentro, pode observar uma cadeira quebrada, o assoalho destruído pelo tempo, um pequeno baú prateado sob um banquinho de madeira. Restos de tochas e cinzas no chão, junto com uma poça de sangue. Percebera então, algemada na parede de madeira, uma jovem, com um lindo vestido, presa a grilhões pelos braços. Parecia estar consciente, pelos gemidos.

Rapidamente começou a retirar os grilhões da pobre moça.

-"Não se preocupe minha dama. Te levarei em segurança ao seu pai. Está tudo bem agora."

Semanas antes, antes mesmo do Cavaleiro chegar a vila, em um feudo próximo se espalharam as lendas sobre o seu tesouro. Elas ficavam cada vez mais fantasiosas e mágicas, como se o tesouro do Cavaleiro pudesse deixar quem o tocasse incrívelmente rico e poderoso. O dono do feudo, por conhecer bem o Cavaleiro do passado, pediu que cessassem estes boatos infundados imediatamente.

Mas alguém no feudo havia ficado incrívelmente tentado a possuir este tesouro. Sonhava hà muito com esse tipo de poder, essa liberdade de sentir o poder ilimitado.

Enquanto o Cavaleiro terminava de cerrar os grilhões, sentiu então algo ardendo muito próximo a seu pescoço. A dor era insuportável, maligna e possessiva, estava corroendo o corpo do cavaleiro. Se virou para alcançar a sua espada e contra atacar o que lhe afligia, queria salvar a Dama sobre sua vida.

Nada. Ninguém. Não existia nada que lhe pudesse fazer mal atrás dele.

Súbitamente, em suas costas, sentiu sua armadura lhe falhar. Uma adaga penetrou sua escápula como manteiga. Agora ele sabia quem estava a lhe atacar.

- "Seu tesouro é meu."

Foram as útlimas palavras que ouviu do mundo dos vivos, da própria dama que jurou proteger com a vida.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Para ti, Lua

Essa noite me encontro tão sóbrio; 

 Nada me faz temer... 

 Tenho os olhos voltados a minha completa satisfação, no alto deste céu marcado... 

 Meus braços fracos e pesados, as pernas cansadas e frágeis, suportando uma mente em incógita...

 Devaneios que entram e saem, borboletas de rara beleza, guiam meu olhar e me preenchem com a felicidade ilusória... 

 Minha noiva és tu, Lua! 

 Minha vida pertence a ti, leva-a! 

 Pouco ainda mantém meus pés firmes e passos largos nessa terra que eu também amo... 

 A mente me aplica truques e se acostuma a dores que eu não tenho mais que suportar. Meu coração é por si, me ignora e parte para a guerra com tudo que eu não posso mais oferecer. 

 Meus ossos são a moldura do que um dia fui, pertencem mais as profundezas do que a mim. 

 Meus olhos, que agora te refletem, esperam apenas o momento apropriado para se fecharem para sempre... 

 Por que sim, Eu te amo Lua. 


 Eu te amo para sempre.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Foi o suficiente?

Ele estava desmaiado dentro de um poço. Coberto de barro e raízes que o puxavam pra baixo lentamente, muito lentamente. Uma tortura psicológica para quem observasse. E realmente, existia alguém, ou melhor, algo. Os olhos vermelhos saboreavam a visão da morte, lenta e saborosa, como se estivesse absorvendo algo. A criatura salivava, sorria quase insanamente, pintando com um amor doentio o quadro que se gravava em sua mente.

Zidan começou a despertar na lama, e sua memória se focava aos poucos.

Ele chegara na cidade, contratado para escoltar um grupo de clérigos. Missão cumprida, fora sondar os acontecimentos na taberna da cidade. Fazia algum tempo que ele não interagia com humanos, ou quem quer que seja. A taberna estava incrívelmente cheia, música incessante (e insuportável, ele gostaria de acrescentar, o fazia lembrar de um certo paladino), e muitos, muitos aventureiros.

A "festa" se deva aos avanços da campanha na espinha do mundo, e essa pequena cidade portuária era um dos únicos, senão o único ponto de parada antes da longa jornada pelas planícies geladas. Anões, Meio-Orcs, Meio-Elfos, Elfos, e até alguns Drows estavam ali, aproveitando o breve momento de calmaria, antes de congelarem suas almas. Zidan sorriu brevemente, lembrando-se de algumas campanhas anteriores. Pediu um vinho barato, queijo, e começou a apreciar os planos absurdos e confusos de alguns idiotas.

- "Há! E eu já tinha até festejado a sua morte!"

Disse o taberneiro, um anão deveras simpático, se anões tivessem simpatia. Seu rosto cheio de cicatrizes, vindas de alguns dragões.

- "E você continua não sabendo aonde comprar vinho, ô pixie."

- "E seus modos também não melhoraram em nada. Eu achava que os elfos só eram incovenientes. Mas você consegue levar a raça deles a um patamar totalmente novo na arte de incomodar pessoas."

- "Mas eu não estou vendo pessoas por aqui..." - debochava Zidan.

- "Ah, mas eu tenho certeza, certeza absoluta, que um dia, o Tarrasque vai achar a bendita árvore frutífera que você mora, seu amante de goblins! Em nome de Moradim!" - sorria Wardorr.

Após uma longa conversa, Wardorr o contou sobre alguns problemas que os aventureiros trouxeram. Desaparecimentos, assassinatos, sequestros, saques. Mas um chamava mais a atenção de Wardorr. Contou a Zidan o caso do desaparecimento das Gêmeas Sobrëo, filhas do prefeito da cidade. Plena luz do dia, com os guardas e a milícia toda em volta da casa. Era exatamente o dia do aniversário das meninas, e elas desapareceram dentro da própria mansão. Fato curioso foi achar pedras preciosas, (preciosíssimas, ele acrescentou) no quarto das garotas. Era como se o vilão as tivesse comprado. Duas Madrepérolas, do tamanho de um punho. A beleza das pedras só se comparava a das meninas.

Tudo foi cogitado: Transformação, bruxaria, mas nada disso revelou o paradeiro das garotas. O que quer que tenha sido, desapareceu como o ar, levando as garotas. Wardorr agora chegava na parte interessante. Uma cigana tinha aparecido semanas atrás, pedindo abrigo. Bastante quieta, pagou adiantado, sem perguntas. Wardorr fornecia abrigo a esta jovem, "Linda como uma caverna de diamantes."

O que ela tem a ver com a história do desaparecimento das gêmeas? O chão me diz meu amigo. A forma como ela anda. Suas vibrações, seu constante estado de alerta, de proteção. Essa garota busca algo que eu não posso dar pra ela Elfo, e isso é a paz. Eu comecei a desconfiar que ela soubesse de algo logo quando ela chegou. Seus olhos escondiam um medo enorme, um mistério enraizado na sua alma. E aí que o Abocanhador pula meu sensível amigo, não é que ela tenha medo. Ela tem um zelo enorme por nós, simples mortais. O jeito que ela observa a floresta a noite, como se impedisse com os olhos e o coração algo de sair.

Zidan estava confuso, não entendia por quê Wardorr confiava a ele essa história, e nem como um Anão dizia com naturalidade que uma humana era Linda. Ele continuou dizendo que desde a chegada da jovem, não houveram mais sequestros, mas ela estava ficando cada vez mais retraída e saia menos de seu quarto.

- "É agora. Ela aproveita esse momento, quando os clientes são poucos e bêbados para se apresentar."

- "Como assim?"

- "Ela é uma cigana. Ela precisa dançar para viver. E também precisa pegar um bom dinheiro desses idiotas pra me pagar!!" Ria Wardorr.

Por segundos, o coração de Zidan parou de bater. A beleza da jovem era comparada a Ehlona, e ele nunca se perdoou por tal heresia. Sua dança não tinha música. Ela tinha um ritmo visual, ela hipnotizava olhos atentos e os perdia em uma dimensão de beleza. Seus movimentos eram leves, constantes, serenos e maravilhosos. Ele não conseguia fechar a boca. Era o que parecia ser a Humana mais linda de sua curta vivência até hoje.

Quando terminou de dançar, Zidan, fora do transe que ela lhe causou, começou a reparar nos arredores. Todos os presentes estavam em êxtase, sorrisos vagos em seus rostos, uma alegria intensa emanava no lugar. Então, ao olhar novamente para a cigana, seus olhos se encontram. Um forte sentimento caiu sobre Zidan, este sem entender por que. Então, em um súbito sorriso, ela começou a se mover, com o tempo quase parando, uma névoa que envolvia a todos...

De repente, ela sumiu. Zidan estava olhando o nada, quando Wardorr o cutucou. "Sua sorte, é que ela gostou de você. Gosto não se discute." E então começou a gritaria. "humano imundo! Se aproveitou da beleza da jovem para nos roubar! Acabem com ele!" Socos chutes, e a velha flauta, sanfona e violão voltaram a tocar.

Zidan resolveu investigar um pouco. Conversou com a milícia e os criados da casa Sobrëo, tentando encontrar alguma pista, uma leve visão que seja. Mas nada. Ninguém sabia de coisa alguma. Mal se lembravam do incidente agora. Era tudo muito completo, quase um plano perfeito. Pelo que conseguiu reunir, Zidan viu que havia uma brecha por onde algo, ou alguém poderia ter passado na rotina dos empregados, milícia e transeuntes. Um caminho que se mostrou pra ele claro como o dia, mas ninguém conseguia explicar como aquilo era possível.

"Quando procuramos algo que não queremos encontrar, surgem dúvidas que não queremos ter. Medos que nunca presenciamos. Calafrios que pertencem a outrém. Ranger... os perigos na floresta podem fácilmente ser superados... mas os perigos da mente são labirintos intransponíveis àqueles que não querem compreender." Uma criança súbitamente começou a falar na frente de Zidan; era a segunda vez que sentia aquela sensação de incapacidade no mesmo dia.

"Se Ehlonna está com você, elfo, ela lhe impedirá de continuar." - Sua voz era um agouro, entoado pelo vento frio das espinhas do mundo.

"O que você acha que está dizendo a um adulto, seu tolo?" - Zidan disse perdendo a paciência.

"Nada senhor! Nada!" - Lágrimas súbitas e um olhar muito confuso surgiram no rosto da criança, que saiu em disparada.

"Que as bruxas me dilacerem... mas parece que esta cidade me odeia mais que aquele Faraó Egípcio..."

Zidan estava se aproveitando da hospitalidade de Wardorr (se é que esta existia para um elfo) e se instalou em um quarto. A noite, ficou analisando a floresta e a Lua.

Um ruído muito pequeno, inaudível para ouvidos não-treinados, passaria dispercebido no corredor. Zidan sentiu algo na espinha, e resolveu ver aonde aquilo ia dar. Os passos dados com demasiado cuidado, a leveza nos pés, informaram Zidan que a mulher estava com muita pressa. Ele sabia quem era. Utilizando as sombras como esconderijo, seguiu o vulto invisível, mascarando sua presença na sombra de sua vítima.

Mais e mais, eles entraram na floresta. Mais e mais Zidan sentia que aquela não era sua floresta. Mais e mais se sentia exposto, observado, com medo.

Após quase 2 horas de caminhada, ela parou. E Zidan subiu em uma árvore próxima, apenas observando a clareira a sua frente. E ele sentiu como se o vento tivesse se aproximando. De todas as direções. Seus sentidos estavam confusos e tensos ao máximo, Zidan se esforçava para impor a si mesmo que ainda não fora visto.

Então, uma pequena massa corpórea saiu de dentro do chão. Uma poça de barro, tomava a forma de um corpo humano pequeno, raquítico, antigo, na frente da cigana. Tudo era silêncio. Agora nada fazia barulho. A floresta estava morta. Estava tudo tão longe, tão perto, Zidan se sentia mais perdido do que nunca. Não se imaginava mais vivo, mas como uma existência forçada, indisposta. Horas se passaram até que alguém quebrou o silêncio.

"O que aconteceu com você?" - a voz doce susurrou.

"..."

A criatura, agora com roupas e a aparência de um senhor de idade, apenas perfurava a moça com os olhos. Era como se a coisa que mais quisesse no mundo era ela. Um olhar desejoso, impiedoso, forte e intenso.

"Eu apenas sigo com minha liberdade..." - Uma voz surgiu da criatura. Rouca, baixa, arrastada.

"Você nunca mataria alguém! Em todos esses anos, sua ganância era impedida pela sua humanidade! Até aonde você quer chegar?" - A voz da cigana tremia, chorosa.

"haha... Eu não pretendo chegar em lugar nenhum. Me manterei nesta terra até que o fim dos tempos me leve... Não tenho pressa. Não tenho mais nada. Apenas meu desejo. Mas posso ver que o seu zelo trouxe algo descartável com você..." - sorriu o simpático velhinho.

"...!" - A cigana percorreu a mata as suas costas, com uma esperança cega de que ninguém a tivesse seguido. Seu rosto ficou preenchido de pânico com aquelas palavras.

Zidan percebeu então que era hora de aparecer. Desceu das árvores imponente, ignorante, e com um sorriso de desém estampado. A cigana caiu aos joelhos.

"porque...porque..." - sua voz rouca ia ficando mais fraca.

"Este velho é o sequestrador das meninas?" - Zidan disse.

Houve então um silêncio mortal novamente. Apenas o choro baixo da cigana era ouvido.


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Cansei oO

Manolos, esse texto tah mto tenso!!!

Eu n consigo pensar em um desfexo pra essa joça dessa história!! xD

Mas temrinarei =D

Bem, como não terminei, e disse que terminaria tem duas semanas, psotarei ele incompleto aqui, na esperança de que eu consiga inspiração para terminá-lo logo.

Um grande abraço ae pra minha leitora Jessy =D

E eu queria escrever litros mais coisas, mas a preguiça me mata... mas agora eu to animando com o blog novamente, jah tem 3 "contos" no forno...

Mas primeiro tenho q terminar mais essa aventura bunita do Zidan ;D

Abrazzoles moçada o/

Confusion

Boa noite queridos coleguinhas 8D

Parece ser mesmo impossível manter uma periocidade neste bendito blog. Mas até que isso é bom, não me atenho a obrigações e me sinto confortável para escrever.

Nessa pequena ausência, aconteceu tanta coisa, VGL, Casamento, dentre outras, que de tanta coisa que eu senti, é como se não tivesse acontecido nada. Memórias desses eventos, e algumas das emoções são tão profundas e únicas, que não teria sentido eu tentar escrevê-las aqui.

O VGL foi sublime. Ter a chance de escutar suas músicas favoritas orquestradas e tocadas com paixão, muita emoção, é inexplicável. Eu me senti ainda mais abobado com relação a minha música favorita. Quando o Tommy disse que ela foi a música mais pedida no VGL, eu me dei conta de um fato interessante. Eu não mexi um dedo para pedir pra eles tocarem Chrono. Realmente, n precisavam de mim xD

Uma coisa que intriga algumas pessoas, é o "por quê" esse evento foi tão bom. Simples, boa música, tocada por uma bela orquestra.

- "Mas Marcelo, música de jogo? faça-me o favor ¬¬"

Amiguinho, te pergunto. Você não gosta da trilha-sonora da sua novela? de filmes?

- "Mas é diferente!"

Aonde... veja bem. A música está presente, por que faz parte de um conjunto, ela está ali com a obrigação de criar um clima, esteja inserida aonde ela estiver. E você acaba por inserir diferentes tipos de reações quando escuta essas músicas. Você assimila emoções pra elas de acordo com o que acontece na tela. E isso não é diferente dos vídeo-games. Se você ainda acredita que eles são, como o Tommy disse, plim, plim, soc, pow, mate o vilão e salve a pricesa, vc está redondamente enganado. E está na hora de você pelo menos dar o braço a torcer e ver o que está acotnecendo. Nós temos histórias bem construídas, personagens profundos, carismáticos e densos, estratégia e jogabilidade marcantes e complexas. Tá tudo aí, é só você abrir os olhos e parar de comprar opinião na padaria.

Música é Música em qualquer lugar, e o que importa é o que você sente.

Tô afim de um conto hoje...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desabafos Resolutos nº---

Acho que dentro de mim, eu sempre soube. 

Sempre soube que seria capaz de mais, de realizar algo grande. 

 Mas para que isso fosse feito, eu precisava de um motivo. De uma razão. Algo pelo qual valesse a pena lutar. 

Mas, o que, neste mundo vazio, habitado por seres arrogantes e egoístas, me despertaria tal sentimento? 

 Hoje, sei que fico pasmo com a vasta gama de possibilidades. Sentimentos e emoções que são incrivelmente amplos e completos, que conseguem saciar perfeitamente essa sede. 

 Mas mesmo assim, como parte deste grupo de parasitas, me sinto obrigado a não me sentir saciado. Sempre há de faltar algo, lá no fundo, aonde o amor e a alegria da vida não conseguem penetrar. Este lugar, neutro por natureza, sem tendências, sem medo, sem nada. 

Ele existe para provar tudo o que pode ser oferecido neste mundo. 

 E foi vagando por este vale, onde cruéis Deuses me habitam, onde encontrei você. Por quê, logo dentro de mim, em um lugar tão desolado, encontrei-me com a única coisa que pode me derrotar? 

 Meu escudo poderia te proteger das maiores atrocidades deste universo, das maiores dores, da maior solidão. Um fiél fantoche, pronto para servir e ser reconhecido como tal. Sem honra, sem orgulho. A minha vida pela sua. 

 Mas para quê possuir tamanho poder, se contra teu olhar ele não me vale? Com o negar dos seus lábios me jogo a um abismo infinito de dor desconhecida, de emoções que renego. Despertam dentro de mim vozes e objetos que preferia inexistir a conviver. 

Mas resisto, pois ainda te vejo em qualquer lugar. As revoluções que causa em mim são tantas, que mau me enxergo. "Cego de emoções, esqueci o que era voar." Esqueci o que era proteger. Sem você lá, para que serve meu escudo? Meu brasão? Meu coração? meu amor? Abandonado em meio a um deserto árido, vago. 

Só. 

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Terranigma.

AWAY!!!

Boa tarde nerds e pessoas queridas do meu coração!

Até q tô mantendo uma periodicidade nesse blog =O 15 em 15 dias n eh tão ruim, eh? xD


Enfim. Encham seus pulmões, preparem o fôlego e as lágrimas, pois hoje falarei de terranigma. Tinha bastante coisa pra falar da semana, do sítio, da savassi, mas isso fica pra depois do terra.

Enfim. Como já havia falando antes, Terranigma te prende por transformar você em um deus. Você fica responsável pela reconstrução do mundo e da evolução da humanidade, tudo em seus ombros. Você recebe ajuda em alguns pontos, mas todo o trabalho braçal de eliminar o mal é seu.

Agora, "Pô Marcelão, o jogo eh da horinha e panz, mas q q te chama tanta atenção nessa joça?" Crianças. Eu quero que vocês "think outside the box". Vamos olhar o jogo por um outro ãngulo. Pelo ponto de vista de um livro, para os não-nerds. Reparem em como o caráter do personagem, "Ark", é moldado. Ele começa como um jovem de uma vila subterrãnea, sem qualquer contato com o exterior, e então, em uma terça feira cinzenta, você sai de casa e vai para uma terra inóspita, sem ninguém, largando para trás o amor da sua vida, sem promessa de retorno. Você tem pela frente um inferno desértico gigante, e sua missão é dar vida a todo um planeta.

Te pergunto, leitor. Você já se indagu, como seria, viver sem nada? Ter q perder tudo e reconstruir do chão? Sem alicerces, sem apoio, sem o que acreditar, apenas uma determinação de concertar algo que nem parece estar errado?

Após anos de solidão, seus primeiros amigos são as plantas. Depois, os animais. E por fim, você dá a vida aos seres humanos. Tudo isso de um modo histórico e convincente. Mas quanto mais você se aprofunda, mas suas dúvidas aumentam.

"quando isso vai acabar? quando vou voltar? Será mesmo que eu vou voltar? Será q a Elle estará me esperando?"

Enquanto mais dúvidas vão surgindo, algumas respostas saem da nebulosa. Você encontra então, em meio a uma floresta, uma réplica da sua vila, que "sabe-se-lá" por quê já está destruida. Você só encontra uma réplica do seu amor, que não se lembra de você e que por um "acaso" te odeia.

E assim você vai desvendando que você na verdade eh o mal, foi um boneco criado para "preparar" o planeta para um mal maior, e tudo que você acreditava, sua vida, suas conquistas, seus sentimentos foram uma mentira. Nada mais era do que uma conveniência, uma brincadeira de mau-gosto de um ser "superior".

Então, como uma última armadilha, você é morto, sua existência apagada desse mundo como se você não passasse de um mero humano.

Mas depois, sua existência desse lado, o seu aldo "bom" retornae você se torna parte dele. Vou terminar aqui para não atrapalhar MAIS quem gostaria de jogar xD

Quem já jogou, ou gostaria de ver um lado literário do último dia da existência do Ark "mal", por favor, peço que leiam isso:

http://clovis15.deviantart.com/art/Diary-of-the-Forgotten-Ark-3456952

Esse cara conseguiu transmitir muito bem o que o Ark poderia ter sentido no seu último dia de vida. É um texto muito bom.

Acabei me perdendo na postagem, queria falar tanta coisa, que acabei me embolando e resumindo o.o Na verdade, é muito sentimento pra repassar com palavras. Eh muito tenso. xD

Agora, o por quê de vcs, meus amigos, só me ouvirem falar desse jogo agora: O final. Eu joguei Terranigma com pouco mais de 13 anos. Eu já tinha conhecimentos em inglês, mas eles não eram de se orgulhar. Eu sempre joguei com um dicionário ao lado, D'ouro, meu companheiro de aventuras em outras línguas xD

Aí que está. Só dessa vez que eu estou jogando, que eu fui reparrar nesses detalhes da história do personagem. Só agora vi os detalhes que fzem deste final, um desfecho incrívelmente triste e elaborado pra essa história.

E então, como agora eu ENTENDO o final, toda minha visão do jogo se alterou, e por isso, acho que ele é uma experiência e tanto. Eh quase um livro difícil de ler o.o

Bom, depois falarei de Chrono Trigger. Já q agora me empolguei em dar revies pessoais aos games xD

E pros curiosos, o final:



N achei a parte 2 desse cara ¬¬

"I never thought that having no home to come back to could feel so painfull. I'm so empty..."

- Ark.

"Farewell, brother."

- Yomi.

E é isso aí boys and girls. Um dos melhores jogos que eu poderia recomendar. Mesmo que você não gsote de videogames, tente jogar terranigma. Pela história pelo menos.

Ele vale a pena.

Grande abraço, e até a próxima galerinha 8D

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Do as I say, not as I do

Boaaaa tardeee galerinhaaaa =D

Mega boga feliz nessa sexta-feira 8D Niver do brother Tas promete muitas confusões e muitas aventuras com uma turminha que é da pesada hsuahushausa

Eu sei que faz tempo que não posto nada, e parece que o blog tah meio morto. Mas essa é a história da minha vida com muita coisa. Não é falta de interesse, preguiça, ou qualquer outro motivo aparente. Parece que enquanto surgem coias, eu vou colocando um delay nas outras, e assim acumulando tarefas, fazendo um pouco de cada uma aqui, um pouco de outra ali, mas com este problema de nunca terminar o que começo. Foi assim com uns jogos, mangás, animes, flogs, blogs, e otras cocitas más.

Como estou muito afim de mudar essa realidade, e agora que estou de férias, quero organizar esse tempo perdid e começar a matar minhas "delay"-ices uma a uma. Começar postando no blog, por exemplo, pra reanimar. E sem contar também a minha histórinha, a "Crônicas de um Algoz" que está pra sair, algum dia. Minha HQ do bomberman também, só tem 8 anos que a comecei e não terminei até hoje. Mas eu não sei o que acontece, é assim com as crônicas também, eu escrevo uma coisa e paro. Aí eu releio para continuar escrevendo, e acabo mudando uma coisa aki, outra ali, transformando totalmente o rumo que eu tinha imaginado a história e me impedindo de prosseguir o.o

Não é perfeccionismo nem algo do gênero, mas quase sempre que releio uma coisa eu consigo fazer uma melhora, mesmo que minúscula xD

É assim com a história do bomberman também, só que como ela está desenhada e talz, não tneho ânimo para redesenhar o que eu imagino que possa acontecer de diferente, e muito menos tenho a habilidade artística que eu tinha esse tempo atrás...

Agora mudando de assunto, um pequeno review do "Crônicas de um Algoz":

É um sci-fi emo. O personagem principal, nomeado Ahbsinti descobre que consegue entrar na realidade virtual, que é algo raro nos humanos. Aos que conseguem conhecer essa realidade, é apresentado um mundo de luta e apostas, aonde os "Algozes" lutam. Essas batalhas ocorrem em campos de realidade virtual aonde o usuário escuta músicas, e sua força são sentimentos traduzidos ao ouví-las.

Acho que deu pra aquecer, apesar de estar confuso xD

Eu tinha tanta coisa em mente pra esse post, falar sobre Oldboy, o filme e o mangá, por que esse filme é épico!!!



O mangá deixa um pouco a desejar se comparado com o filme, mas o final dele é mais misterioso e deixa umas coisas bizarras no ar para o leitor pensar. É leitura obrigatória com certeza oO

E outra coisa que eu queria comentar neste post também, era minha mais nova mania do Super Nintedo Gold Days back, um jogo que saiu do fundo do ódio do meu coração, para ganhar o topo da lista, roubando assim o lugar de Chrono Trigger: Terranigma.



Resolvi voltar a jogar, só para relembrar. Acabei me aprofundando demais na história, repare coisas que a muito tempo atrás (muito tempo MESMO) quando joguei, não havia entendido/reparado. A profundidade da história do personagem chega a ser perturbadora!!

Eu quase comecei a escrever aqui, mas pensei melhor e Terranigma merece um post especial.

Mas não é só ele que voltei a jogar, assim como Final Fantasy 9 e Chrono Cross, ambos pela milésima vez. Eu ainda tenho esperança de ver todos os finais de CT e CC. Já o 9 quero ver a maudita cena extra que perdi, mas como ele também é um dos top RPG's que ja joguei, tah tranquilo, o problema, como eu disse, é terminar sem me destrair.

Bem, eu ACHO que escrevi demais, tava realmente atoa e acabei falando sobre várias coisas que estavam entaladas xD Mas é isso aí, semana que vem, um post especial sobre Terranigma e quotes de alguns RPG's fodas =D

C u around =*

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Aonde eu queria ser o que era, mas nunca fui, porque jamais serei, enquanto sou.

Era vez, um passarinho que gostava de voar. 

Ele voava por várias horas, sem se cansar, simplesmente para poder sentir o vento em suas asas, ver a paisagem de um lugar mais alto, e sentir-se vivo. 

 Um dia, ele conheceu uma passarinha. 

Só de vêLa, ele sentia como se o céu não bastasse. Só de ouvi-La, ele queria mais. E com Ela perto dele, nada bastava, a não ser o infinito. Então, ele passou a voar por Ela, e esqueceu de todos os seus passatempos. Enquanto estava no ar, tinha a mente cheia de pensamentos sobre Ela, Ela povoava sua mente como se fosse dona dela. E ele voava. 

Simplesmente, voava. 

 Mas eles nunca voaram juntos. Ela não gostava de voar. O pássaro insistia, tentava lembrar das sensações que o habitavam, mas nada vinha em sua mente, a não ser, Ela. 

E ele assim, não conseguiu contar como eram as maravilhas daquele céu, daquela terra, daquele vento.

 E então, Ela se foi. 

O passarinho não tinha com ele o necessário para fazê-La voar. Ela se foi com o seu coração. 

Então ele voltou a voar. Mas agora, ele voava por nada. Voava por saber voar. Voava, para esquecer. Após muito tempo, depois de vários sóis e luas, Ela retornou. E a primeira coisa que Ela viu, foi o pássaro voando. E sentiu, pela primeira vez, algo que nenhum outro pássaro foi capaz de lhe mostrar. 

A liberdade. Ele voava majestosamente. Cortava os céus como se fosse o último dia de sua vida. Dançava com o vento. Mas ao vê-la, ele sequer esboçou uma emoção. 

Ela perguntou-lhe: "O que fizestes com meu amor?" 

 E este, cujo coração não possuía mais, disse com um semblante triste: "Ignoraste o que sentia por ti. Roubaste o que me era de mais sagrado. Cego de amor, não consigo mais ver as minhas emoções... O vento me acolheu novamente, mas na minha ganância de voar, eu esqueci. Eu esqueci o que era sentir."

 Ao final destas palavras, ele voou. 

Mais alto do que qualquer pássaro já voou antes. E ela o viu partir, sem poder dizer uma só palavra. 

Ela chorou, e finalmente percebeu, que quando se deseja algo, tem que primeiro, saber reconhecer quando já o tem. 

 O futuro nos reserva apenas o que desejamos no presente. O silêncio corrompe minh'alma e não me permite fazer escolhas. Eu escolhi você... Mas e você?

Escolhi esse post pra abrir o blog pq esse foi um dos textos q eu mais gostei de escrever, e o que eu mais tive feedback... xD Enfim, no próximos, mais textos e poemas \o/

 E esse acompanha uma música: