segunda-feira, 11 de março de 2024

Dispel Illusion

 Eu tinha até que continuar lendo esta joça, não lembro nem o que me causou a estranheza e a vontade de não terminar... enfim.


O que a foda é essa felicidade ilusória? Por quanto tempo mais, andando embaixo dessa porra desse céu marcado, eu ainda vou me deixar enganar por todos esses fogos fátuos? Será se eu realmente caí em alguma armadilha fey bizarra e já tô destruído demais pra perceber? Como que eu consigo ficar tão satisfeito com tamanhas ridículas migalhas que eu ando recebendo? No fundo da mente eu consigo escutar algum ego se batendo contra as paredes, implorando senso, mas quando eu tento focar, ou paro pra pensar, volta essa sensação fantástica de catarse, de insensibilidade... 


A real é que tem alguns anos que eu já não sei o que está acontecendo, e tenho me empenhado em deixar a correnteza levar, tentando navegar aqui e ali pros menos piores bônus, e eu acho que essa falsidade de destino, essa falsa sensação de controle, ela... ela venceu. Eu não me perdi, não me confundi, eu simplesmente acreditei. Acreditei na lembrança, caí no golpe, fui enganado, um patife. E hoje, nesse sorrisinho que me persegue, eu pude ouvir, bem distante, o som da ficha caíndo. Em algum lugar dessa oquidão toda, as hollow as they come, o tambor de plástico continua lá, fazendo o mínimo. 


Eu me peguei pensando até quando eu vou deixar a correnteza me levar. Devo ver isso como um sinal de esperança? Uma mísera e escondida vontade de tomar controle denovo? Escondida e enterrada embaixo dessa casca monstruosa, em algum lugar. Pensar no pânico dos egos perdidos me dá um pouco de tristeza. Mas é aquela tristeza em terceira pessoa, do famoso campo pop, eu vejo sua tristeza, até compadeço e sofro, mas infelizmente, eu, não tenho nada que eu possa fazer por você. Te desejo muita sorte e paz nos dias que virão, e ainda te dou um tapinha nas costas.


Meus sonhos andam malucos. Fazia um tempo bom que eu não lembrava dos sonhos, mas tive um tão vívido e gostoso esses dias que mesmo após uma semana eu acho que ainda lembro as partes gostosas. Talvez essa tenha sido a porta que emperrou e travou as sensações cotidianas. O fluxo foi quebrado, porque parece que depois de muito, muito tempo, eu realmente senti algo bom. Uma sensação real de felicidade, mesmo que no sonho. 


Eu digito esse texto com o coração mais leve do que eu imaginaria. A vontade de escrever, que antes era nula, está sempre presente, mas agora acompanha um medo, um diferencial bizarro de interpretação pra essas loucuras. O que eu sempre quis, escrevendo aqui? Era pra me ajudar a entender meus sentimentos, era pra dar vazão pra esse mar intempere aqui dentro, era uma desculpa pra achar que eu sou mais do que esse jarro vazio? Eu era um vaso, e você era o Link. Behind the shell lies something wounded. 


Que algum dia eu tenha MP o suficiente pra tentar esse dispel. Essa esperança, por hoje, me basta. Volta o sorrisinho. 

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